domingo, 26 de outubro de 2008

Cai o tabu

Neste domingo (26/10) em Londres, no estádio Stamford Bridge, o Chelsea do técnico Felipão, perdeu para o Liverpool de Rafa Benitez, e de quebra, perdeu também o tabu de 4 anos, ou 86 jogos, sem perder em seus domínios no campeonato Inglês. O jogo foi muito disputado, taticamente muito interessante. O técnico espanhol, montou um time que primeiro se defendeu para depois atacar, assim não deu chances para os " blues". O gol do Liverpool saiu no início do jogo, num chute de Xabi Alonso que contou com o desvio da zaga. Com essa vitória o time da terra dos Beatles ficou isolado na liderança com 23 pontos, seguido de Chelsea e Hull City com 20 e Arsenal com 19 pontos.


Rafael Paz

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

TOP 6 - Crianças Prodígios do Mundo Pop


Alguns a acham insuportável, outros a coisa mais fofinha da televisão, mas é inegável que Maisa Silva, com apenas 6 anos, nasceu para brilhar. Hoje apresentadora do “Sábado Animado” – tendo derrubado até mesmo a rainha Xuxa no Ibope – e atração mais comentada do “Programa Silvio Santos”, em seu quadro “Pergunte pra Maisa”, a pequena já fazia e acontecia no “Programa Raul Gil”, da Band. Neste vídeo, um momento único onde o apresentador tenta fazer mais um dos muitos merchandisings do programa, mas não contava com a interferência da serelepe menina-prodígio.
E, em homenagem a Maisa, a nova sensação da televisão brasileira, vem aí: Top 6 – Crianças Prodígio do Mundo Pop.

6° LUGAR – Simony


Simony pode ser considerada uma Maisa dos anos 80. Aos 7 anos, já fazia parte do infantil “Balão Mágico”, da TV Globo, cantando, dançando e fazendo um sucesso que é lembrado com nostalgia pela maioria dos órfãos da chamada “década perdida”. “Balão Mágico” foi um dos maiores programas infantis da TV brasileira, e grande parte de seu sucesso deve-se a ela.


HOJE: Simony teve uma carreira repleta de altos e baixos. Depois do “Balão Mágico”, tentou o sucesso ao lado de seu colega Jairzinho e em carreira solo, onde nunca emplacou. É mais lembrada por polêmicas como seu ensaio para a “Playboy” e seus namoros com o pagodeiro Alexandre Pires e o rapper/presidiário Afro X.

5° LUGAR – Jackie Coogan


Jackie Coogan começou sua carreira no teatro e no cinema com 3 anos , em 1917. Na época, a lenda do cinema Charles Chaplin estava em uma má fase e não encontrava inspiração para sua próxima obra, até se deparar com o talentosíssimo menino. Chaplin e Coogan atuaram juntos num dos filmes mais tocantes e memoráveis da história, “O Garoto”*. Conta-se que, para fazer a cena onde aparece chorando ao ser levado dos braços do “vagabundo”, Chaplin teria dito ao garoto que ele seria realmente levado, o que o fez cair em prantos.


HOJE: Faleceu em 1984, aos 69 anos, sem nunca ter repetido o sucesso que fez como “O Garoto”, apesar de ter atuado em uma centena de filmes e séries de TV.

4° LUGAR – Jordy


Jordy Lemoine, o menino francês que era febre no início dos anos 90, iniciou profissionalmente aos 4 anos com hits como “Alison” e “Dur Dur D'être Bebé”, e sua presença de palco era realmente impressionante para sua idade. Fez grande sucesso no Brasil, tendo estado aqui em 1993 e aparecido nos programas de Fausto Silva e Hebe Camargo. É listado pelo livro dos recordes como o mais jovem cantor a emplacar um “single”.


HOJE: A vida de Jordy foi turbulenta depois da fama. Após diversos problemas legais com o governo da França, que acusava seus pais de explorá-lo para fins lucrativos, o jovem francês passou uma década no anonimato e até hoje tenta reconquistar o público.

3° LUGAR – Macaulay Culkin


Macaulay Culkin, diferente das outras crianças desta lista, não emplacou de primeira – sua estréia no cinema foi aos 8 anos de idade - mas somente aos 10 se tornaria o ídolo das crianças de uma geração. “Esqueceram de Mim” fez de Culkin um astro de primeira grandeza em Hollywood, tendo logo em seguida estrelado grandes sucessos como “Meu Primeiro Amor”, “Riquinho” e o drama “Anjo Malvado”, onde se mostra realmente talentoso, até mesmo como antagonista. Pode não ser o primeiro desta lista, mas com certeza seria o primeiro se o tema fosse “Sessão da Tarde”.


HOJE: Passou uma década longe das câmeras, mas cercado de escândalos. Tentou voltar ao estrelato, mas recentemente – após polêmicas envolvendo o próximo membro desta lista – anunciou sua prematura aposentadoria.

2° LUGAR – Michael Jackson


Michael Jackson já dançava e cantava aos 5 anos de idade, mas só fez fama anos depois como vocalista do “Jackson 5”, grupo composto por ele e seus irmãos. O grupo – que era levado nas costas pelo pequeno “Rei do Pop” – fez sucesso com canções como “I Want You Back” e “ABC” e chegou a criar disputas entre as gravadoras pelo seu comando. Por conseqüência, o “Jackson 5” alterou seu nome para “The Jacksons”, mas, em seguida, Michael seguiu para carreira solo.


HOJE: Michael Jackson se tornou um dos artistas mais lucrativos da história e seu álbum “Thriller” é o mais vendido até então. Assim como a maioria dos astros-mirins, sua vida foi repleta de polêmicas; entre as mais conhecidas estão duas acusações legais por pedofilia, inúmeras cirurgias estéticas (inclusive uma que supostamente o deixou branco), seu casamento-relâmpago com a filha de Elvis Presley e inacabáveis estripulias envolvendo seus filhos.

1° LUGAR – Shirley Temple


Shirley Temple é considerada a atriz mirim de maior renome de todos os tempos. Começou a carreira aos 3 anos de idade e aos 6 já era a maior estrela da década de 30, tendo até mesmo ganhado uma mini-estatueta do Oscar para evidenciar seu talento artístico. Por sua fama estrondosa como atriz e cantora, chegou a ser usada como propaganda pró-americana pelo presidente Roosevelt durante a Depressão Americana. Merece este primeiro lugar pelas dezenas de produções que estrelou e por sua imagem de menina-prodígio ter servido de inspiração para Silvio Santos caracterizar Maisa.


HOJE: Temple abandonou as telas em 1949 para dedicar-se à política e atuou em diversos países como diplomata. Já lançou duas autobiografias.

Interessante como, das seis crianças-prodígio listadas, apenas uma obteve tanto sucesso na infância quanto na fase adulta e que a vida de quase todas tenha sido envolvida por escândalos. É esperar pra ver o que será da menina-dos-olhos do SBT: se cairá no anonimato ou seguirá os passos do Rei do Pop?

Lembrou de mais alguém que merecia estar aqui? Comente neste post (só não venham falar da menina pastora ou do Dani Boy – extinta cópia mirim do Gugu)...

*O visual do garoto do filme foi claramente usado como inspiração por Chespirito para o personagem Chaves (no original, “El Chavo” significa “O Garoto”).

por Stefano Pfitscher

Papas da Língua lança novo álbum

Já era tempo!

Depois de quatro anos sem lançar CD, a banda gaúcha Papas da Língua reaparece com "Disco Rock". Não que eles estivessem aproveitando a ociosidade, estavam sim, fazendo shows pelo Brasil inteiro e fora dele inclusive.

A história da banda começou em 1993, e conta com Serginho Moah no vocal e guitarra, Léo Henkin na outra guitarra, Zé Natálio no baixo e Fernando na bateria. Papas manteve a mesma formação em todos esses anos. O som é definido como pop, mas possui influências de rock e reggae.

No ano de 95 gravaram seu primeiro CD, e contava com os hits "Democracy", que cita o herói brasileiro Macunaíma, e "Essa não é a Sua Vida", que foi outro sucesso.

Em 98, lançaram o álbum "Xa-la-la", que apresentou: "De Blusinha Branca", "Tentação" e "Garotas do Brsil", que acabou virando trilha de "Malhação".

Já no ano 2000, como o reconhecimento cada vez maior, surgiu "Baby Bum", trazendo sucessos como: "Pó de Pimenta", "Ela Vai Passar" e "Vou ligar", com videoclipe. Mas nenhum dos hits fez tanto sucesso como "Eu Sei". A música, que também fez parte de "Baby Bum", foi escolhida pelo Diretor Jayme Monjardim para fazer parte da trilha sonora da novela Páginas da Vida. De lá pra cá, Papas da Língua não parou mais! Durante 6 meses o hit "Eu Sei" foi uma das músicas mais pedidas nas rádios do país.

O CD "Um Dia de Sol" apareceu 2 anos depois, contendo uma faixa com o mesmo nome do álbum, que veio a ser regravada pelo ex-RPM, Paulo Ricardo. Outra baladinha romântica que ficou na cabeça da galera foi "Vem pra cá".

No ano de 2004, a novidade foi o CD "Ao Vivo Acústico", contendo 16 sucessos já velhos conhecidos dos fãs.

"Disco Rock" será o primeiro disco da banda pela gravadora EMI Music. As novidades que prometem bombar são "Diga Sim", "Estou Aqui", e "Veja Só", que conta com a participação de Paula Toller, vocalista do Kid Abelha. O álbum começou a ser gravado em junho e deve estar nas melhores lojas até o final do mês!

Em novembro, Papas da Língua faz show junto com o grupo Chimarruts pelo Estúdio Coca-Cola Zero no Bourbon Country.

por Sara Kirchhof

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O Brasileiro de Visão

Novamente dando retorno do que foi comentado no programa, eu resolvi falar sobre outro filmaço, ainda em cartaz em Porto Alegre. Assim como na crítica de O Nevoeiro, faço primeiro uma contextualização da carreira de Fernando Meirelles e depois o que achei do filme Ensaio Sobre a Cegueira.

Fernando Meirelles deve ser considerado o maior diretor brasileiro que já houve. Foi ele o responsável pelo filme brasileiro mais premiado internacionalmente da história, Cidade de Deus, rodado pelo ambicioso cineasta com dinheiro advindo da questionada (até mesmo por ele) Lei de Incentivo à Cultura. E se por um lado há de se reconhecer a importância da tal lei na instauração do melhor momento do cinema nacional, também vale notar a ironia de Cidade de Deus ser uma crítica à sociedade e o desleixo do governo em diversas questões.

Mas se com um filme, Meirelles se tornou o primeiro diretor brasileiro indicado ao Oscar e revolucionou o cinema no país, criando um estilo (o chamado cinema-denúncia, repetido muitas vezes depois por longas como Carandiru e o blockbuster brasileiro Tropa de Elite), o que faltava para ele? A resposta: Hollywood. Não a capital internacional do cinema propriamente dita, mas o que comumente se entende por Hollywood: grandes produções, atores de fama internacional, etc.

Nessas condições, sem exagerar na megalomania, o cineasta nos trouxe O Jardineiro Fiel, uma produção muito mais inglesa do que americana e um drama intimista que se encaixa mais no circuito “artístico” internacional do que no tipo feito para lotar cinemas. O filme foi agraciado pela crítica e venceu o Oscar de melhor atriz coadjuvante para Rachel Weisz*. Depois de tudo isso, seria fácil pensar que agora ele se dedicaria à produções independentes que não dêem muita dor de cabeça ou ganharia rios de dinheiro (que nada tem a ver com incentivo fiscal) dirigindo super-produções americanas. Foi isso que ele fez?

Ensaio Sobre a Cegueira

A obra de José Saramago era considerada inadaptável para o cinema. Os personagens não têm nome, não é possível descobrir onde a história se passa e não há como representar a sensação de estar cego tão bem como Saramago fez no livro. Mesmo assim, Fernando Meirelles tomou esta iniciativa: foi pessoalmente falar com o autor português, que aceitou ter sua obra adaptada contanto que permanecesse fiel ao original até nos detalhes mais estranhos.

Meirelles aceitou e, depois de conseguir apoio financeiro em três continentes - no Brasil (se utilizando até mesmo da tão comentada lei), no Japão, e principalmente no Canadá, que exigiu que a história fosse falada em inglês e que tivesse a presença de pelo menos alguns astros de Hollywood. O diretor acatou com a maior satisfação e trouxe Julianne Moore (Hannibal), Mark Ruffalo (Zodíaco) e Danny Glover (da série Máquina Mortífera) para seu eclético (e bom) elenco que ainda inclui o maior ator latino da atualidade, Gael Garcia Bernal (já dirigido por um brasileiro, Walter Salles, em Diários de Motocicleta*) e a brasileira Alice Braga (Eu Sou a Lenda), que parece seguir os passos de sua tia Sônia Braga, que fez mais fama no cinema americano do que no Brasil. Com todos esses elementos únicos e a responsabilidade de mostrar na tela cenas e temas considerados chocantes demais para o público, o filme só poderia ser uma obra-prima ou um fracasso sem tamanho.


Para nossa sorte trata-se de uma obra-prima. Meirelles tem pulso firme para trazer realismo suficiente a este tema tão, ao mesmo tempo, impossível e chocante como uma epidemia de cegueira. O filme mostra, em primeira instância, a disseminação da doença nomeada “Cegueira Branca” até ser considerada um epidemia pelas autoridades, que jogam todos os infectados em uma ala, supostamente para tratamento. No entanto, não demora muito a eles perceber que os responsáveis por descobrir a cura para a doença estão vendo menos solução do que eles próprios, e o local se torna uma prisão. E se já seria interessante ver as reações de um grupo de seres humanos totalmente diferentes que se vêem obrigados a sobreviver juntos, imagine se todos fossem pessoas que acabaram de se descobrir cegas. É um deleite para os que se interessam em ver como pessoas comuns podem agir em situações extremas e tentar entende o limiar que separa nossa sociedade civilizada de selvagens egoístas.

Falando em critérios mais técnicos, o filme é ainda mais genial. A fotografia do uruguaio César Charlone - presente em todos os últimos filmes de Meirelles e indicado ao Oscar por Cidade de Deus – é única. A sensação de que se tem é que a cada cena tanto Meirelles quanto Charlone querem passar a idéia de cegueira ao público, que pode ver, deixando a imagem ora clara, ora escura demais. E é por isso que Fernando Meirelles é o maior cineasta que o país já teve (e hoje um dos mais promissores do mundo), por sua ousadia, talento, e diferentemente dos personagens de sua nova obra-prima, por sua visão privilegiada.


*O Oscar de O Jardineiro Fiel foi o segundo para um filme dirigido por um brasileiro, sendo o primeiro para o também mencionado acima, Diários de Motocicleta, de Walter Salles.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

TOP 6 - Seu Madruga

Conforme prometido, aqui vai um “Top 6” com os momentos mais inesquecíveis de Seu Madruga no seriado Chaves.
6° LUGAR – DISCURSO SOBRE O AMOR EM “CHORADEIRA NA VILA”

Neste episódio, comumente lembrado como o mais meloso (porém poético) de toda a série, Dona Florinda tem uma briga com o Professor Jirafales que acaba indo pedir conselhos ao Seu Madruga. Em uma cena tão inusitada que até mesmo Carlos Villagrán não se segura no riso, Madruga (interessado no dinheiro prometido pelo Professor) discursa para Chaves e Quico sobre o amor e que entre dois apaixonados nada deve se intrometer, o que acaba sendo mal interpretado por Dona Clotilde.
5° LUGAR – LIÇÃO EM “SEU MADRUGA SAPATEIRO - PARTE 1”

Quando Quico acaba quebrando um ovo que seria comido por Chaves, este ameaça se vingar do bochechudo com um martelo. No entanto, Seu Madruga, aqui trabalhando como sapateiro, intervém proferindo a pérola: “A vingança nunca é plena, mata a alma e a envenena”. O lema, que é repetido por Chaves durante todo o episódio, acabou se tornando mais uma frase clássica do icônico trambiqueiro.
4° LUGAR – IMPROVISO EM “A CHIRIMÓIA”

No episódio em que Seu Madruga ganha uma muda de chirimóia, Chaves é encarregado por ele – aos gritos - a limpar o pátio coberto de terra. Porém, quando Madruga bate a porta de sua casa, a maçaneta da porta cai no chão, num claro erro de gravação da cena. Aparentemente de improviso e sem titubear, Ramón Valdéz abre a porta novamente, recolhe o objeto e ainda reafirma suas ordens ao aturdido Chaves, fazendo parecer que nada de errado aconteceu. Mais uma prova do talento do ator mexicano.
3° LUGAR – CENA FINAL DE “A SOCIEDADE - PARTE 3”

No hilário episódio em que se põe a vender churros para Dona Florinda (que conta ainda com outra grande cena sua, quando se veste como Chaves), Seu Madruga deixa o negócio nas mãos de Chaves, que acaba devorando todos os churros. Com pena do menino órfão, Madruga toma para si, aos pulos e gritos, a culpa pelo sumiço dos alimentos, proferindo a clássica: “pode mandar brasa, sócia!”. Florinda admite que o garoto já lhe contara tudo e ainda elogia Seu Madruga por sua atitude. Ponto para o chimpanzé reumático!
2° LUGAR – CENA DO ESPELHO DE “O ANIVERSÁRIO DO SEU MADRUGA”

No dia de seu aniversário, os moradores da vila resolvem fazer-lhe uma festa surpresa, mas Seu Madruga pensa que na verdade todos estão planejando sua morte. Procurando conforto em Chaves, ele logo tenta demonstrar que se sente bem de saúde, mas o menino o coloca mais para baixo ainda, e Madruga vai até sua casa se olhar no espelho, ao som da marcha fúnebre, e acaba vendo apenas uma caveira, em uma cena genial.
1° LUGAR – DANDO AULA EM “SEU MADRUGA PROFESSOR - PARTE 2”

Depois de se refugiar na sala de aula do Professor Jirafales, como forma de fugir de Dona Florinda, Seu Madruga aproveita o momento em que o altíssimo professor deixa a classe para ensinar às crianças do modo que bem entende. E após reprovar metade da turma com perguntas sem sentido, ensina energicamente o significado de uma caveira como símbolo de perigo, ou como ele soletra “prerigo”. É realmente hilário e Ramón Valdéz atua de forma magnífica, mostrando que nem tão ignorante seu personagem é.


Infelizmente muitas cenas que mereciam espaço acabaram ficando de fora, mas dá para se ter uma boa idéia do que o saudoso Don Ramón é capaz e se tiverem sugestões não deixem de comentar.
Longa vida, Seu Madruga!

por Stefano Pfitscher

domingo, 5 de outubro de 2008

20 anos sem Madruga


Há pouco mais de um mês completou-se o vigésimo aniversário de morte de um ícone desta geração: o ator Ramón Valdéz, mais conhecido por Don Ramón, ou no Brasil, o eterno Seu Madruga.
Se por um lado a popularidade do personagem no país em muito se deve à identificação do povo brasileiro com um trambiqueiro, desempregado, que vive às voltas com os mais diferentes bicos e devendo 14 meses de aluguel (um tipo não muito raro no Brasil) também deve se levar em consideração que o mesmo fenômeno ocorra nos outros países onde o seriado Chaves é reprisado até hoje, mostrando que Seu Madruga é um tipo comum em qualquer parte do mundo.
Ramón era tido por todos os seus colegas de trabalho como um humorista único, conforme contou Carlos Villagrán, o Quico (ou Kiko, como ele adotou em sua carreira solo) no último domingo para o Pânico na TV. E não só Quico é todo elogios para o falecido ator como também Chaves, na verdade seu criador Roberto Gómez Bolaños (desafeto de Villagrán na vida real), já disse que Valdéz foi o único comediante que o fez dar gargalhadas. Também sua filha Chiquinha, a atriz Maria Antonieta de las Nieves (outra brigada com Bolaños), diz lembrar dele como um verdadeiro pai e até hoje se emociona ao falar sobre o assunto. É, ao mesmo tempo lamentável e louvável, que em um grupo tão repartido seja o amor e o respeito por Ramón Valdéz o único ponto comum entre todos.


Para lembrar um pouco deste grande ator e de seu inesquecível personagem publico amanhã um “Top 6” com os melhores momentos de Seu Madruga.
por Stefano Pfitscher